O atual ministro do trabalho e presidente nacional do PDT Carlos Lupi tem um bom histórico. Começou sua vida política, como ele mesmo gosta de lembrar, como um humilde trabalhador em uma banca de jornais.
Conheceu assim, ainda em 1980, o líder trabalhista Brizola que, simpático ao seu estilo, convidou-o para trabalhar consigo no partido. A partir daí colecionou campanhas – vitoriosas e outras nem tanto – e cargos. Principalmente cargos.
Campanhas vitoriosas teve em 1990, eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, e em 1998, sendo suplente do senador Saturnino Braga. Fora isso, perdeu a eleição para o Senado em 2002 e para o Governo do Rio em 2006.
Entre seus cargos, sempre indicados, colecionou a Secretaria Municipal de Transportes do Rio na gestão Marcelo Alencar (1992-1994) e a mesma pasta no Governo do Estado de Anthony Garotinho (1999-2000). Agora atua como Ministro do Trabalho, de Lula, e é presidente nacional do PDT.
Em seu histórico conturbado, algumas questões ficaram por se responder... Algumas sérias alias, e outras nem tanto.
No caso do Senado, por exemplo, por algum motivo que não se sabe qual, Saturnino negou a Lupi uma promessa eleitoral: ser senador pelos primeiros 4 anos e, então, entregar o cargo ao atual ministro.
Com o Governo do Rio o problema foi outro. Seis anos após sair da Secretaria de Estado, lançou campanha a Governador contra a família Garotinho, alardeando pelos quatro cantos do mundo as corrupções da gestão do casal... Da qual ele curiosamente fazia parte.
Agora, como Ministro de Lula, o circo dos absurdos voltou a bater em sua porta. A Comissão de Ética Pública (CEP), vinculada ao Governo Federal, começou no primeiro trimestre deste ano um processo interno sobre o líder trabalhista. Segundo a Comissão e suas resoluções, é extremamente complicado ter como ministro um presidente de partido. A imparcialidade das ações fica comprometida e a gestão, então, passa a ser de risco para o povo.
Carlos Lupi, em resposta, disse que não largaria nenhum dos cargos.
E o conflito seguiu. Até esta semana, quando a CEP deu o ultimato e resolveu mandar suas resoluções diretamente a Lula, depois que o seu ministro e líder partidário se recusou a tomar qualquer atitude nos prazos especificados. A Comissão exige a renuncia de Lupi voluntária ou a sua demissão.
Marcílio Marques Moreira, um dos relatores do grupo, chegou a afirmar: “Vamos ver se o governo tem ou não apreço pela ética”.
Finalizando, como se ainda não fosse suficiente, o Ministro Lupi, trabalhista e de origens humildes, já mandou avisar: está de férias e só volta pra lá de janeiro...
Fontes:
Jornal do Brasil
O Globo
O Globo – Blog do Noblat
Agência Brasil
Blog do Carlos Honorato
Portal iG – Conversa Afiada
Blog do Cláudio Humberto
21.12.07
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